quarta-feira, 7 de novembro de 2012

De Krypitônia



Eu. Uma eterna apaixonada por música e palavras. Uma desvairada cheia de cicatrizes...Ah! As cicatrizes...Já não me lembro mais como elas doíam... Eu tinha ódio e ao mesmo tempo perdoava. E como me fez bem o perdão que dei aos meus algozes! Por isto hoje me sinto renovada.
Uma nova mulher. Mulher, enfim! Ergui-me. Mantive-me forte.
Trago meu coração muito mais que apaixonado. Minhas rosas estão todas abertas.
Decidi que não sou daqui, mas de Kryptônia.

Tão sua I

Das águas tu viestes, meu rei. Trazes no corpo o cheiro do mar e nas mãos a seda pela qual me apaixonei.
Sou feliz por ser tua sereia, a mulher que te navega nas noites em que dormes no meu aconchego. E que falta que fazes quando estás fora. Ah, meu amor... nem imaginas minha dor.
Mas teus olhos de metamorfoseado castanho me são o impulso de todos os dias. São eles o meu farol, por eles me guio quando longe de ti estou.
Espero por ti, por teus olhos e por teu abraço, corre para os braços da tua mulher.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Das lágrimas noturnas I


As lágrimas que me molham a alma são torturantes. Elas escorrem dos meus olhos sem que eu mesma perceba. E tudo que eu posso sentir nesse momento é uma dor imensa que não cabe dentro de mim; por isso choro desesperadamente.
Minha cabeça dói, minhas mãos tremem e eu não consigo sequer fazer um verso decente - o que me deixa mais humilhada ainda.
Eu não posso dormir assim.
Penso em te ligar, espero todos irem dormir... Oras! Você também deve estar dormindo... Não quero te acordar... Mas como eu vou acordar cedo e trabalhar pensando nisso tudo? Me diz?
Não deixa eu dormir mal mais uma vez, meu menino, não deixa...
Eu tenho medo de te ligar, de te acordar e de você não ligar nenhum pouquinho pro que eu vou dizer, e isso com certeza vai me deixar pior.
Eu me odeio quando falo palavras inflamadas para você. Sério.
Enfim...
Eu tô relutando... mas sei que sou fraca e não vou conseguir dormir se não te ligar... Eu tenho que dizer que eu te amo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Da Saudade I

Minha cama
fica tão vazia 
sem teu corpo.
Minha vida
Vazia
Sem teu calor
A matar
Meu frio.

Teu febril
corpo
viril,
A extinguir
Todas as minhas
carências.

Deixe-me
escrever estes
versos
e te enviar
a lágrima
de saudade
para você
guardar 
debaixo do
travesseiro.

domingo, 2 de setembro de 2012

De quando se cria asas IV

Queria apenas mudar. Não almejava muito... Precisava de pouca coisa.
Sentou-se diante do espelho.
Bases, pós, lápis, blushs, sombras e batons.
Emfim, descobriu uma mulher que era para si, e não necessariamente para o outro, como dizem nas salas das faculdades de pedagogia por aí afora.
Enfim, mulher de si. Sem precisar mudar muita coisa.
Descobriu que todo radicalismo é doente, e que a paixão... Ah! A paixão...
Correntes de ismos podem também privar e tirar o sorriso.
E como é bom  revelar ao mundo o amor que se tem por si.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

D'uma mulher desiludida


Ah! Meu bem
Não digas pelos bares
Que eu sou vulgar,
Que eu sou uma qualquer.
Não ouse o meu nome 

pronunciar,
Nem afirmes aos teus
Que me queres
Que sou tua fêmea.
Não sou mais aquela que
Um dia, ingênua
 
Te desejou
Para a vida inteira.
Hoje dizes que eu
Não passo de uma quenga,
Pois teus amigos já me presenciaram
Na presença de outro alguém.
 
Como tu podes me chamar de puta?
Se o sou, foi tua culpa.
Ah! meu amor...
Não chores nem te maldigas,
Não sofras, Não te arrependas
Não temas a mim, afinal
O que eu poderia te fazer de mal?
Sejamos livres!
Seja honesto consigo me deixando partir.
Não hei de te perseguir.
É como se eu
Nunca houvesse te conhecido.
Vá ser feliz,
Pois eu vou procurar outros ombros,
Outras bocas, outros corpos.
Ainda tenho muito para viver
E sigo
Sem ouvir os comentários das beatas,
Sem me importar
Com os apontamentos nas ruas.
Não me interessa o que acham,
O que dizem,
O que pensam,
O que concluem...
Só te digo,
Querido,
Que esta quenga,
Esta puta,
Esta fêmea
Vai deitar na cama
Do homem que lhe aprouver.
Prometo delirar,
Entregarei-me a outro qualquer
Que saiba dar o prazer
Que você não soube dar.
Adeus, meu bem,
É hora de ser o que se é
Sem precisar fingir.
Amei só a ti,
Agora amo a todos
Que souberem me fazer feliz
Num ato pleno de gozo.


Amanda de Souza
27/08/2011

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Das flores e de ti.

As flores
que nascem
na areia
do quintal
com suas belas
cores
Jamais serão
tão formosas
como
tu és
para mim.



Dedicado à George Pyerre.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma dor que se cura com uma boa dose de amor próprio.

Debruçada no muro do mirante, olhando as cores do crepúsculo que contrastavam com as luzes dum navio que ostentava sua grandeza em alto mar, abraçada com aquele a quem ama imensuravelmente, considerava os últimos acontecimentos que assolavam sua vida.
Os dois conversavam sobre amigos de longa data e recém-amigos. 
Grandes reflexões surgiram.
Estavam certos em refletir sobre certas pessoas: Elas sempre eram amigos quando precisavam de alguma coisa. Decidiram a partir dali abrir os olhos para o comportamento delas.

Ela começou a querer deixar de ser útil nas situações em que aquelas pessoas a procuravam. Foi deixando, deixando, deixando... Depois ela foi ignorada.
Doeu.
Mas não há dor que não possa ser curada com uma boa dose de amor próprio, todos os dias de manhã.
Excluir das redes sociais? Jamais. De quando em vez elas a marcam numa postagem boba no Facebook. Ela curte por educação, comenta quando tem vontade. 
A grandessíssima verdade é que ela teve BONS AMIGOS, mas que infelizmente não estão mais ao lado dela. Amizades falseteadas não a contentam.
Ela ama a si, ama aquele com quem divide a cama, os sonhos. Pra que se enganar com as pessoas? Pra que levar adiante relações recheadas de desconfiança e falsidade? Uma pessoa que preza a verdade e que se respeita não faz dessas coisas.
Parece que ela envelheceu séculos em meses. Não pela aparência, mas pelas experiencias aprendidas em tão pouco tempo.
Ela deixou de acreditar que precisa de muita gente pra ser feliz.

 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A segunda coisa que eu sei fazer de melhor, pois a primeira é amar você.


        Eu queria te entregar alguma coisa embrulhada numa caixinha, num plástico, num papel. Com laço de fita de cetim vermelho enfeitado com uma etiqueta escrita "Eu te amo"em letras douradas.Não te comprei um presente, sequer ousei procurar algo para te dar. E te peço sinceras desculpas por teres uma namorada assim, tão relapsa a coisas normais.
     Mas hoje, enquanto você, cansado, dormia no tapete da sala eu me dei conta de como eu sou abençoada pelos céus por te ter. Olhando cada detalhe do teu rosto, que naquele momento possuía ares angelicais, decidi te contar algumas coisas que você nunca me ouviu dizer.


       Sabe esse meu jeito de ter ciúme de você? Sabe esse meu jeito de ser moleca, bem egoísta quando você vai pr'aquele lugar que eu não gosto que você vá? É por te amar muito que não digo nada pra não te magoar, apesar de me machucar muito por dentro e chorar por horas e postar um monte de bobagem no Facebook. Você não imagina os litros de lágrimas que meu travesseiro absorve só quando eu imagino que outra pessoa vai segurar o meu mundo inteiro quando te abraçar...
        Te amo desde quando éramos amigos... Das vezes em que você me ligava e eu fingia não saber que era você, lembra? Acho que você nem imaginava...
         Lembra daquele dia em que você foi lá na Universidade e me pediu pra mudar uma coisa no seu Orkut? Chorei por te ver tão triste. Decidi naquele dia que se tivesse a chance de te ter pra mim eu iria te fazer feliz o máximo possível.
       E no show de Lulu Santos, eu louca pra curtir com você, te abraçar, te beijar, mas... não era pra ser naquele dia... E na quarta feira de fogo eu quase não dormi pensando que você poderia conhecer alguém legal e... Você sabe... Você lá, nas Muriçocas e eu em casa assistindo romance.
         Ainda guardo a emoção do nosso primeiro beijo, no sofá da sala, e, de quando em vez, escuto ecoando na minha cabeça o que você me disse quando eu te perguntei o que era aquilo. Queria te dizer outras coisas, mas, eu tenho certeza que eu as iria detalhar de mais e isso não é bom, por isso vou deixar pra te dizer pessoalmente, ou talvez de uma forma escrita, mas que seja um pouco mais pessoal.
          Te ver hoje, daquele jeitinho, imóvel, a sorrir levemente foi como se eu estivesse provando de um néctar celeste. Pensei você podia ir embora a qualquer momento, dizendo estar cansado de mais, porém, você ficou ali, deitado, realizando o meu desejo de estar junto de você.
            E todos os pequenos esforços que você faz por mim, e todas as minhas vontades que você realiza, e as poucas vezes em que você me diz aquelas três palavrinhas mágicas... Obrigada meu amor! Obrigada pela paciência que você tem com essa tua namorada menina... mimada...
            Obrigada por ser o homem que me faz feliz, que me me liga todo dia, que me faz sentir tão amada...
          É o nosso primeiro dia dos namorados, e eu, de antemão, te disse que ia te dar o que sei fazer de melhor. Foi lindo quando você disse que isto é a segunda coisa que eu sei fazer de melhor...
          Te amo por seres esse sonho realizado na minha vida. Te amo porque você não juntou os pedacinhos do meu coração: você me deu um novo de presente. Te amo porque em cada crise minha você está sempre do meu lado. Te amo porque você me faz a pessoa mais feliz que eu conheço... Te amo por você ser o Meu namorado.
           E escrevendo essas poucas linhas, já consegui juntar uma garrafinha de lágrimas pra você. Prometo que vou te dar em troca de um sorriso e de um SMS ou de uma ligação quando você ler isto.

Te amo George Pyerre.
          


segunda-feira, 14 de maio de 2012

E amanheça brilhando mais forte...



Viva à tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba o teu valor

E amanheça brilhando mais forte
Que a Estrela do Norte
Que a noite entregou...

Camarada d'água
Fique peixe de manhã
de madrugada
Fique toda hora  que for!


(Camarada d'água - O Teatro Mágico)

domingo, 13 de maio de 2012

A menina que amava o menino que andava nas ondas do mar



A menina recolhia conchinhas na beira do mar.
As ondas molhavam-lhe os pés,
O sol iluminava seu rosto,
O vento lhe bagunçava os cabelos.

Trazia no rosto um sorriso de palhaço,
inexplicável.

O que acontecia para que aquela menina
se sentisse tão feliz
recolhendo conchinhas 
na beira da praia?

A paixão por um menino
Que andava
Nas ondas do mar.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dos olhos

O meu amor
tem olhos
de mar.
Transbordam um mel
tão doce de se olhar,
tão poético mirar,
tão gostoso de se amar
os olhos do meu amor.


 










Dedicado a George Pyerre

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Do amor que trago por ele II



I won't go
I can't do it all alone
If this ain't love, then what is?
I'm willing to take the risk

(Adele - He won't go)

É, eu sei que a música é triste e que não tem nada relacionado ao Amor que trago por ele... O caso é que:

Eu não vou embora
E também não posso tomar nenhuma decisão sozinha.
E se isto não for amor
Eu realmente não sei o que ...
Para todos os efeitos,
Eu assumo os riscos.

Apenas sinta...

Mesmo as coisas mudando tanto pra nós dois
eu sinto
que você ainda não sabe do que eu seria capaz
para fazer com que seus sonhos
possam se tornar reais.

Apenas sinta o meu amor
Me abraça agora?
Prometo merecer cada segundo do seu tempo,
cada sentimento.





(No embalo de Only and Only da Adele)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Enquanto isso...

(Ao som de Zélia Duncan)

Enquanto eu, deitada no teu peito, procurando um modo de parar o tempo pra que eu possa continuar ouvindo as batidas do teu coração,  seguro tua mão para que você não fuja.
Eu sinto... Ah! Eu sinto cada vez mais que uma coisa grande toma conta de mim.
E morro com teu amor nas madrugadas...
De manhã você vai embora. Ressuscito. Sofro com a tua falta.





Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda...


Do amor que trago por ele I

Não me ligue.
Não deixe menção no Twitter.
Não me ligue.
Largue o celular...
Não me chame no Facebook.
Não me Ligue...
Não me ligue...
Não...

Vamos fazer assim:
Você liga a moto,
dirige os doze quilômetros.
Em 20 minutos você chega.
Me abraça,
Roça a barba mal feita no meu pescoço,
Me beija no rosto.
Assistimos uns filmes
Deitados no tapete da sala.
Bebemos uma cerveja
enquanto te faço carinhos
e depois você segura minha mão
como quem não quer mais largar.
Tô pedindo de mais?
Espero que não...
É só porque te tenho um amor
maior que qualquer outra coisa
que me embale a vida
nesse momento.

Não me liga...
Vem me ver...

Quem? Eu?


Me disseram que eu faço linha de mulher carente.
Eu? Carente?
Me disseram que eu sou segura de mim, mas que sou carente.
Eu? Carente?!
Eu não me descreveria assim...
Acho que eu tô mais pra uma
mulher
Cansada de ser traída
e que vive com intensidade
os amores da vida.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O gosto do meu fracasso I

Fracassei.
Fracassei quando te evitei por todos esses meses.
Fracassei desde o momento em que te disse que nunca mais queria ver teus olhos.
Só hoje descobri o amargo sabor do meu fracasso (maldita lista de aprovados!) porque não se pode evitar para sempre o que ficou marcado na carne.
E agora ter que vomitar todas as lembranças, todo aquele passado sombrio encima do futuro que construí com tanto zelo...
Fracassei.
Fracassei mais uma vez.

domingo, 22 de janeiro de 2012

O gosto do nosso fracasso

É a bilhonésima vez que tento te fazer entender quem sou e o que eu quero, o que eu espero de nós dois. E pensar que estava tudo bem até ontem à noite.
Daí então achei melhor ponderar as coisas, todas elas, acredite. Foi aí que percebi que nós não somos mais importantes um para o outro.
Não somos mais importortantes, interessantes, amantes.  Não somos mais nada,compardo ao que fomos antes. Sei que  tudo parece um tanto piegas, mas tanto amores vivos quanto amores mortos e amores mortos-vivos (ou coisa asssim) são piegas.
E não pense que eu vou gritar, berrar, chorar, trepar como eu sempre fiz quando as coisas aconteciam assim com a gente. Também não vou ser indiferente pois, mesmo sendo biscate - como você disse -, guardo no peito um coração.
Estou cansada de gostar de você. Estou cansada de aceitar você com todos os seus defeitos, com todos os adereços machistas. Estou cansada das suas festas e das festas na casa dos seus amigos de farda. Estou farta, não quero mais nada, obrigada.
Eu não pertenço a mesma classe social. Não visto as mesmas roupas, as mesmas ideias. Não leio os mesmos livros, não vejo os mesmos filmes, não faço os mesmos programas.
Sua vida mudou, a minha também. Já não cabemos mais um dentro do outro.
Não se trata mais de (des)confiança, amor ou caretice, machismo, sexismo ou modernismo. Eu quis amar só você, mas eu tive que te dividir com outras a minha vida inteira. Você me quis, me desejou. Mas agora foda-se o seu desejo porque é ele que me engaiola todas as manhãs, tardes e madrugadas.
Eu te amo tanto... Mas teu amor não é mais conveniente para mim e meu corpo já foi abusado de mais pelo teu.
Não precisamos de mais um massacre, de mais insultos. 
Acabou. Faz tempo. Só não tínhamos aceitado ainda.
E agora escrevo ouvindo Rita Lee. Você está bebendo com os novos amigos em qualquer bar vagabundo da capital da província.
Uma feminista plus size de vinte anos não é o tipo de namorada que se pode apresentar aos companheiros não é?
Adeus, baby. Agora é minha hora de sumir da sua vida.

E nada mais triste que histórias abortadas, arrastando correntes, fantasmas inconsoláveis. 
( Caio F. Abreu - Mais uma carta para além dos muros, in: Pequenas Epifanias)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

De quando se cria asas II

Igor,

As pessoas não sobrevivem de admiração, querido. Neste caso, descarto a lisonja. Na verdade, descarto todas elas, pois muito me falta para ser admirada.
Você é uma pessoa agradável, uma criatura linda sob vários aspectos; porém não me segues no meu raciocínio. Nunca despertastes em mim aversão, certo que algumas vezes tua falta do que falar, tua falta de cultura e teu pouco esforço para adquiri-la, tua falta de diálogo comigo, teu autoritarismo em algumas questões me deixavam desconfortáveis, me intrigavam, mas não me faziam te odiar.
Sejamos sinceros, meu bem: você nunca me amou e nunca o pretendeu. Acreditei vagamente na possibilidade de haver amor quando me vi submersa pelas tuas promessas. Digo e repito se necessário: você nunca me amou. Tuas juras eram facilmente denunciadas pelos teus olhos de apetite aos decotes que uso.
Sempre te pareci fútil.
Tua falsa consciência Don Juanesca te traiu. Não seria fácil me levar para os teus lençóis, também não seria difícil, bastava-te um pouco mais de inteligencia.
O que te motivou a me escrever me chamando de ingênua e frágil? Intrigo-te tanto que procuras qualquer coisa para me justificar. Me falas de medo, de egoísmo...Hipócrita! Quem és tu para jogar meus defeitos assumidos enquanto você se ocupa em pensar apenas em si e nega ser tão superficial.
És uma criatura linda, Igor. És lindo aos olhos pouco profundos. Os meus olhos são exigentes, esperam mais das pessoas, do horizonte. Meus olhos são profundos, não são rasos e pouco argumentativos como os teus.
O horizonte, os campos, os desertos, os espinhos e as flores me esperam. Não preciso de tuas nuvens, basta-me apenas ter um chão para manter meus pés firmes.
Corro para manter raciocínio e corpo sãos.
Dispenso amores fúteis, pessoas fúteis. Dispenso amores que não tem nenhuma justificação.
Sou outra pessoa e você ficou no passado.
Lembras do dia em que você me dispensou? Hoje eu te dispenso da minha vida, descarto, esqueço.