quinta-feira, 30 de agosto de 2012

D'uma mulher desiludida


Ah! Meu bem
Não digas pelos bares
Que eu sou vulgar,
Que eu sou uma qualquer.
Não ouse o meu nome 

pronunciar,
Nem afirmes aos teus
Que me queres
Que sou tua fêmea.
Não sou mais aquela que
Um dia, ingênua
 
Te desejou
Para a vida inteira.
Hoje dizes que eu
Não passo de uma quenga,
Pois teus amigos já me presenciaram
Na presença de outro alguém.
 
Como tu podes me chamar de puta?
Se o sou, foi tua culpa.
Ah! meu amor...
Não chores nem te maldigas,
Não sofras, Não te arrependas
Não temas a mim, afinal
O que eu poderia te fazer de mal?
Sejamos livres!
Seja honesto consigo me deixando partir.
Não hei de te perseguir.
É como se eu
Nunca houvesse te conhecido.
Vá ser feliz,
Pois eu vou procurar outros ombros,
Outras bocas, outros corpos.
Ainda tenho muito para viver
E sigo
Sem ouvir os comentários das beatas,
Sem me importar
Com os apontamentos nas ruas.
Não me interessa o que acham,
O que dizem,
O que pensam,
O que concluem...
Só te digo,
Querido,
Que esta quenga,
Esta puta,
Esta fêmea
Vai deitar na cama
Do homem que lhe aprouver.
Prometo delirar,
Entregarei-me a outro qualquer
Que saiba dar o prazer
Que você não soube dar.
Adeus, meu bem,
É hora de ser o que se é
Sem precisar fingir.
Amei só a ti,
Agora amo a todos
Que souberem me fazer feliz
Num ato pleno de gozo.


Amanda de Souza
27/08/2011

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Das flores e de ti.

As flores
que nascem
na areia
do quintal
com suas belas
cores
Jamais serão
tão formosas
como
tu és
para mim.



Dedicado à George Pyerre.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma dor que se cura com uma boa dose de amor próprio.

Debruçada no muro do mirante, olhando as cores do crepúsculo que contrastavam com as luzes dum navio que ostentava sua grandeza em alto mar, abraçada com aquele a quem ama imensuravelmente, considerava os últimos acontecimentos que assolavam sua vida.
Os dois conversavam sobre amigos de longa data e recém-amigos. 
Grandes reflexões surgiram.
Estavam certos em refletir sobre certas pessoas: Elas sempre eram amigos quando precisavam de alguma coisa. Decidiram a partir dali abrir os olhos para o comportamento delas.

Ela começou a querer deixar de ser útil nas situações em que aquelas pessoas a procuravam. Foi deixando, deixando, deixando... Depois ela foi ignorada.
Doeu.
Mas não há dor que não possa ser curada com uma boa dose de amor próprio, todos os dias de manhã.
Excluir das redes sociais? Jamais. De quando em vez elas a marcam numa postagem boba no Facebook. Ela curte por educação, comenta quando tem vontade. 
A grandessíssima verdade é que ela teve BONS AMIGOS, mas que infelizmente não estão mais ao lado dela. Amizades falseteadas não a contentam.
Ela ama a si, ama aquele com quem divide a cama, os sonhos. Pra que se enganar com as pessoas? Pra que levar adiante relações recheadas de desconfiança e falsidade? Uma pessoa que preza a verdade e que se respeita não faz dessas coisas.
Parece que ela envelheceu séculos em meses. Não pela aparência, mas pelas experiencias aprendidas em tão pouco tempo.
Ela deixou de acreditar que precisa de muita gente pra ser feliz.