quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Das lágrimas noturnas I


As lágrimas que me molham a alma são torturantes. Elas escorrem dos meus olhos sem que eu mesma perceba. E tudo que eu posso sentir nesse momento é uma dor imensa que não cabe dentro de mim; por isso choro desesperadamente.
Minha cabeça dói, minhas mãos tremem e eu não consigo sequer fazer um verso decente - o que me deixa mais humilhada ainda.
Eu não posso dormir assim.
Penso em te ligar, espero todos irem dormir... Oras! Você também deve estar dormindo... Não quero te acordar... Mas como eu vou acordar cedo e trabalhar pensando nisso tudo? Me diz?
Não deixa eu dormir mal mais uma vez, meu menino, não deixa...
Eu tenho medo de te ligar, de te acordar e de você não ligar nenhum pouquinho pro que eu vou dizer, e isso com certeza vai me deixar pior.
Eu me odeio quando falo palavras inflamadas para você. Sério.
Enfim...
Eu tô relutando... mas sei que sou fraca e não vou conseguir dormir se não te ligar... Eu tenho que dizer que eu te amo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Da Saudade I

Minha cama
fica tão vazia 
sem teu corpo.
Minha vida
Vazia
Sem teu calor
A matar
Meu frio.

Teu febril
corpo
viril,
A extinguir
Todas as minhas
carências.

Deixe-me
escrever estes
versos
e te enviar
a lágrima
de saudade
para você
guardar 
debaixo do
travesseiro.

domingo, 2 de setembro de 2012

De quando se cria asas IV

Queria apenas mudar. Não almejava muito... Precisava de pouca coisa.
Sentou-se diante do espelho.
Bases, pós, lápis, blushs, sombras e batons.
Emfim, descobriu uma mulher que era para si, e não necessariamente para o outro, como dizem nas salas das faculdades de pedagogia por aí afora.
Enfim, mulher de si. Sem precisar mudar muita coisa.
Descobriu que todo radicalismo é doente, e que a paixão... Ah! A paixão...
Correntes de ismos podem também privar e tirar o sorriso.
E como é bom  revelar ao mundo o amor que se tem por si.